Se pudesse emoldurava esta caixa de ovos…E vocês?
Design de Tanamachi Studio for Vital Farms
A nossa vida está cheia de embalagens, pacotes, folhetos,
posters e outros que tais e já nem reparamos neles.
Muitos de nós com o aparecimento dos computadores, e o uso
constante dos telemóveis e tablets, já quase que nunca escrevem à mão.
Sim, à mão. Com lápis ou caneta. De cor ou a carvão. De
feltro ou esferográfica.
Eu adoro escrever. Desenhar letras. Redondas ou esticadas,
com floreados ou não, desde que se percebam e eu ache que são bonitas.
Lembro-me de adorar a caligrafia da minha professora
primária. Achava a letra dela maravilhosa, e queria que a minha fosse igual.
Talvez por isso me tenha começado a interessar pela
caligrafia, o lettering e a tipografia.
Primeiro tentava fazer uma letra bonita e cuidada, e depois
passei a interessar-me por tipos de letras diferentes e pelas conjugações
dentro desses estilos variados.
Embora possa parecer um pouco confuso, a caligrafia, o
lettering e a tipografia são coisas diferentes. No primeiro caso estuda-se a
letra, a arte da escrita; no segundo são usadas letras desenhadas à mão, no
formato digital ou tradicional, com as quais se fazem logotipos, por exemplo; a
tipografia já é uma arte antiga em que se arranjam os tipos para impressão,
cujas técnicas são usadas nos textos de livros, jornais, revistas, etc. Aqui podem ver um documentário muito
interessante sobre a história da tipografia – podem ser selecionadas as
legendas em português.
Por gostar tanto de escrever, e embora use quase sempre uma
normal esferográfica azul para o efeito, sempre adorei a beleza das canetas
antigas.
Esta aqui retratada, com pontas diferentes, foi-me oferecida,
veio de Inglaterra e tenho-a bem guardada. Já escrevi com este tipo de canetas,
mas sujam muito os dedos com a tinta. Cada tipo de ponta permite um tipo de
escrita diferente.
Eu não fazia ideia, mas há cerca de 3000 aC, no Antigo
Egipto, já se usavam canetas de bambú, para escrever no papiro. Este tipo de
caneta, só cerca do século VII dC, é que começou a ser mais substituída pelas
penas.
Quando era pequena cheguei a apanhar penas de gaivota na
praia, que levei para casa e usei para escrever. Adorei a experiência. Aqui têm um podem ver como se faz uma.
Como todos sabem, os lápis são paus de grafite introduzidos
dentro de madeira, mas os mais antigos eram feitos de grafite envolvida em
cordel ou pele de ovelha. A razão para isto acontecer prende-se com o facto da
grafite ser muito macia e necessitar de um suporte que a proteja.
Até 1662 a Inglaterra tinha um grande depósito de grafite e
por isso, tinham o monopólio do fabrico dos lápis. Só depois desta data é que
conseguiram descobrir um método que reconstituía o pó de grafite e passaram a
ser fabricados noutros locais. Ainda hoje podem visitar o Museu do Lápis de Keswick
em Inglaterra.
O afia só foi criado muito mais tarde no século XIX, por um
francês. Até lá, afiavam-se com uma faca. Eu ainda me recordo do meu avô me
afiar os lápis de cor assim.
Voltando um pouco atrás, eu apaixonei-me pelo lettering depois
de ter visto embalagens de produtos com designs fantásticos, que até me
apetecia guardá-las como obra de arte. Aqui estão alguns exemplos.
Foi assim que descobri o site da Dawn Nicole, subscrevi o
seu blogue e aderi ao grupo que tem no Facebook, onde para além de ensinar
várias técnicas, também nos lança desafios e podemos trocar impressões com
outras pessoas de todo o mundo.
No seu site a Dawn tem várias fichas gratuitas, que podemos
imprimir e praticar o lettering. Vão lá espreitar…
E vocês, gostam de lápis e canetas e de escrever?
Não acham que embora o design não seja considerado arte, que
muitas das coisas úteis que os designers criam podiam ser emolduradas?
Sejam felizes e sorriam sempre,
Sara
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